Fixado à pose, imobilizado pela matéria dura,
preso ao instante como fantasmas de fotografia,
cativo de uma sensualidade a que serve como suporte,
Manequim! Algo do desejo o sutil olhar de seus olhos ocos exprime.
Não estando à venda, o que de você resta quando te compram o que vende? Possui alguma nudez? Ou está vestido da rígida matéria lisa se é o ar de dentro, substância lacrada, escurecida pela noite do fechado?
Com a profundidade de sua superfície, na coincidência fantástica do plástico morto com o mais vivo que a sua forma traduz – aquém das estátuas mas além dos homens que replicam a si –, agita em quem te vê isso que não se sabe.
Não estando à venda, o que de você resta quando te compram o que vende? Possui alguma nudez? Ou está vestido da rígida matéria lisa se é o ar de dentro, substância lacrada, escurecida pela noite do fechado?
Com a profundidade de sua superfície, na coincidência fantástica do plástico morto com o mais vivo que a sua forma traduz – aquém das estátuas mas além dos homens que replicam a si –, agita em quem te vê isso que não se sabe.
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